terça-feira, 31 de agosto de 2010

Meu Agosto, ao meu gosto, foi bem gostoso.

domingo, 29 de agosto de 2010

Nunca tinha visto um absinto fazer tanto sucesso num luau

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

''Você não tem jeito pra você não né, Maíra?''

- Minha mãe, sobre lavar o cabelo á noite

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Hoje achei uma sandália linda, mas ela tinha cara de travesti. Não comprei.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Eu quero escrever.
Só não sei o que.
Tem uma energia acumulada que não sabe como sair.
Eu andei meio mundo hoje na cidade.
Nenhum salto alto me agradou, voltei pra casa com uma saia cinza.
Odeio comprar roupa.
Não que eu odeie, amo roupa nova, não gosto de ir á loja. Esse é o sacrifício.
Amo liquidação.
Minha saia foi comprada com 40% de desconto.
Preciso de uma sandália preta, porque a minha vermelha não da pra usar com a minha blusa verde.
Tem andado tudo meio fora da linha.

domingo, 15 de agosto de 2010

Era o meu casamento, pelo que eu entendi.
Nós estávamos na Guerra do Golfo [ou Mediterrâneo?].
As pessoas tinham que se esconder nas colunas das paredes, porque quando os soldados vinham, eles matavam todo mundo, quem ficasse nas sombras e não era visto, vivia pra contar história.
Tinha um casal que estava esperando um filho, acho que o marido era muito meu amigo. A esposa morreu no parto e quem teve depressão foi ele. Não queria a criança.
Tinha outro casal, que parecia serem amigos meus também. O marido era psicólogo, de novo não sei nada da esposa. Ele ajudou ao amigo que perdeu a esposa no parto do filho a superar a depressão e conseguir ficar com a criança, foi um trabalho dificil, eu lembro de acompanhar as sessões especialmente nos horarário de alimentação dele, que estava no hospital. Nós observávamos como ele comia, atenciosamente.
Alguns anos depois, estavamos eu, o casal com o marido que era psicólogo, o viúvo e a criança, que ja era um pouco grande, o bastante pra falar mais do que devia.
Ainda havia a guerra e nós estávamos saindo de um café. Um tanque cheio de soldados estavam na rua lateral, e chegava mais perto a cada minuto.
Tentamos nos esconder nas sombras das colunas, acho que teria dado certo, mas a criança gritou ''Todos na rua calem a boca'' pros soldados não nos ouvir sussurando nas sombras. Mas ouviram ele gritar.
Os soldados dobraram a rua e mataram primeiro ele, que estava mais visível, depois a mim, e os outros logo em seguida, suponho.

Foi só um sonho, ou lembrança.

domingo, 8 de agosto de 2010



Dia dos pais: aqui, distante* dele, saúdo meu pai, Ivan. E mais distante ainda saúdo seu pai - meu avô.
Noite adentro o estacionamento do pensamento na guia da calçada rua, sempre um alento a madrugada despovoada e por isso mesmo nua e crua, nem sempre fria como foram as últimas madrugadas, as vezes lancinantes  lavas despencadas das montanhas nevadas escaldantes rasgam, cravam, marcam em rugas riscos em cortes e escarpas as serras peladas. Então reforçando: à todos os pais, aos pais que são mães, aos avôs e as avós, intituláveis inomináveis pais - saúde!

@Nando_reis

P.s: O Texto foi modificado, porque o meu pai ainda está entre mim [espero eu que por muitos e muitos anos.] 

P.s2: A foto não é comigo, mas é com migo, eu que tirei

P.s3: Sem você eu [absolutamente] seria só um espermatozóide fecundado e vazio, te amo ta? (:

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Deve ser alguma doença essa neurose de ir em todos os shows possíveis.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O que você acha que é sorte?
Acho que sorte é produto do pensamento, do sonho. Eu acho que o pensamento é uma forma de ação às vezes mais eficaz do que a fala. Porque a fala é pervertida demais. A gente fala pra tudo. A maior parte do dia, a gente passa falando qualquer coisa ou jogando conversa fora. E aí tem uns momentos de iluminação, de franqueza. Mas o pensamento é uma conversa interna, a gente é muito mais franco e muito mais contundente no pensamento. Então, eu só tenho a opção de acreditar que o pensamento tem um poder de ação muito incrível. E que o sonho, no sentido mais amplo, no sentido do desejo, no sentido do afeto e no sentido literal do sonho, de dormir e sonhar, eu só posso acreditar que isso tenha um papel fundamental na construção do destino, ou seja, no caos, no acaso.


Explica melhor.
Eu tenho consciência de que isso é uma afirmação bastante perigosa, mas eu não me importo. Quando digo que eu tenho sorte, tenho que ser franco e dizer: “Pô, quantas coisas que eu sonhei se tornaram realidade?”. Coisa que sonhei no sentido amplo, não só no sentido direto de desejar ser músico, de desejar ter uma banda. Mas desejar ter amigos fiéis, entendeu? Lembro aquele filme Waking Life, do Richard Linklater. Tem uma cena em que uma criança brinca um joguinho, ela fala um número e puxa um pedaço de papel que tem uma cor, ou um número, ou não sei quê... o que interessa é que ela escolhe um dos lados e está escrito “Sonho é destino”. Aquilo me tocou como um ensinamento. Porque acho que as coisas mais banais têm um poder oracular. Eu não sei se eu me divirto fazendo isso, e aí funciona pra mim, ou se realmente é uma coisa que deve ser levada a sério.

Na verdade é uma questão de escolha. Se aquilo é de fato um oráculo ou se você escolheu ver assim... que diferença faz?
Exatamente. Voltando ao que a gente falou, uma das coisas que mudaram em mim foi justamente eu me sentir mais à vontade pra falar desse tipo de coisa. De não ficar mais preocupado em qual é a forma de pensamento estabelecida e desenvolver minha própria forma de pensamento, minha própria realidade e observação das coisas. Há quem discorde? Paciência.

Rodrigo Amarante [http://revistatrip.uol.com.br/revista/173/rodrigo-amarante/page-2.html]
Depois de terminar a escola eu precisava de dinheiro e decidi mandar meu currículo prum shopping, não sei que cidade era.
Lembro que no meu primeiro dia de emprego minha avó e todo o resto da minha família foi fazer comprar na Taco só pra poder comprar comigo.
A cidade estava sendo constantemente atacada por zumbis.
A noite, todos da família eram lutadores [e todos as outras pessoas também eram] que matavam os zumbis.
Na loja eu tentava atender os clientes enquanto minha família estava desesperada pra que eu pudesse vender uma peça de roupa qualquer pra eles.
Consegui atender um homem alto, gordo, quase um senhor, e aí ele me perguntou:

- Olá menina, me olhe bem, quanto será o número da minha camisa, tem alguma ideia?
Então depois de olhar bem eu disse: hmm acho que é M
Ai, ele surpreso, me perguntou: Mas ué, não tem tamanho C???
Mesmo achando estranho eu disse: è, pode ser, vou pegar e que tipo de blusa o Senhor quer?
Então, já com raiva, ele disse: quero uma clara, pode ser bege.
Pra confirmar eu perguntei: Bege então né? só bege ou alguma outra cor clara?
Ao que ele disse: Bege, se não eu não estaria comprando roupas, né?

Lembro que eu tinha uma supervisora, e ela tinha uma cara bem cheia de rugas, mas o corpo dela era de uma pessoa bem nova e antes d'eu subir as escadas para procurar a blusa de tamanho C ela me gritou:

- Ô menina, ei! olha aqui.
Eu virei, e vi que ela estava me chamando e perguntei o que era, e ela respondeu:
- Vê se segue as placas, elas tem que ser usadas, tanto pra seguir a numeração [olhei pra cima e tinham três placas e cada uma com uma letra, respectivamente A, B e C] quando pela cor [CLaras do lado esquedo e escuras do lado direito, se não me engano hm].

Subi a escada correndo, pra tentar achar o mais rápido possivel a blusa Bege de tamanho C pro Senhor gordo que esperava na loja.
Lembro de entrar em desespero depois de 10 minutos procurando a maldita blusa Bege de tamanho C e comecei a ouvir duas vozes que levavam ao estoque, e elas começavam a ficar mais altas.
Pensei que eram zumbis, mas corri pra ver.
Eram dois cara, gordos, morenos e pareciam Tweedle Dee e Tweedle Dum, e estavam acompanhados por uma criança, que parcia o menininho do novo Karatê Kid. Eles estavam indicando a criança o que parecia ser o banheiro e antes d'eles chegarem ao topo da escada eu perguntei:

- Me ajudem, onde eu acho blusa Bege de tamanho C? É URGENTE!
Ai o da direita para o outro e perguntou: Você está vendo isso? ouviu isso?
O da esquerda respondeu: ouvi, e o que quer dizer?
O da direita disse: CUIDADO! Nos temos uma................................ESTAGIÁRIA................na nossa frente hm
O da esquerda fiquei assustado depois de constatar isso.
O da direita começou a bater a bater a mão na parede da escada gritando: SINAL POSITIVO, SINAL POSITIVO PRA ELA! e foi acompanhado logo em seguida pelo da esquerda.
Depois de ver que eu não estava achando graça o da direita me apontou onde ficava a maldita blusa Bege de tamanho C.
E eu fui correndo levar para o Senhor gordo, que estava no mesmo lugar esperando.

Daí eu lembro de ir pra casa, e ver minha mãe se arrumando, dizendo que ia para a balada, lembro de estar com vontade de fazer xixi e ela estar usando o banheiro e ir usar o banheiro das crianças que ficava logo ao lado.

E de repente meu irmão chegou, apertadíssimo, louco pra fazer xixi, logo depois d'eu ter sentado no vaso pra fazer o meu.
Ele disse: você tem seu banheiro
Eu disse: mamãe ta tomando banho, to tentando usar o seu.
Ele disse: to apertado [todo se contorcendo]
Eu disse: porra!

Ai eu levantei do vaso, e deixei ele fazer o xixi, ele nem tinha considerado minha idéia de fazer o xixi no box, então desisti.
Abri a porta do banheiro, com minha mãe tomando banho e fiz xixi no vaso, e ela disse que estava feliz, porque ia à balada.

Enquanto ela se arrumava eu estava deitada na cama e via como ela só se importava em se arrumar quando ia sair.

Depois dela sair, deixei meu irmão brincando com o filho de uma prima que o deixou la em casa pra brincar com meu irmão, e fui para a casa dos meus tios. [O filho da minha prima tinha levado um amiguinho e também um cachorro enorme, que me lembra uma mistura de Rotweiller com Dálmata, e queria MUITO soltar o cachorro em cima do meu irmão, só pra saber o que aconteceria, mas desistiu depois que levei ele pro terraço da casa com o amigo e o cachorro e os deixei la brincando]

A minha casa era amarela por fora, e por dentro tinha uma luz baixa, também meio amarelada.
A casa dos meus tios parecia aqueles balões compridos sabe? que tem no primeiro filme da Múmia [eu esqueci o nome hm] só que sobre rodas, e ele era todo colorido com amarelo e vermelho.

Meu tio tinha uma carinha de velinho, cheio de rugas, e minha tia era toda inteirona, e toda vaidosa. Meu primo era normal, usava blusas coloridas de tamanho B.

Não sei porque começaram a lembrar de uma noite em que foram atacados por Zumbis. E Eu os tinha ajudado muito.

Os zumbis eram altos, e cinzas e comiam as pessoas, e gritavam como se fosse um choro de lamentação. A pele era como se fossem de uma Múmia, mas era tudo feito de carne podre. Eram realmente horríveis.

Na noite em que meus tios foram atacados eles estavam voltando para casa e se depararam com um grupo de zumbi terminando de comer um outra pessoa, e a tornando respectivamente num zumbi. Mas parece que só aquela não tinha dado pra alimentar o grupo todo. Eles não tinham medo do calor, mas tinham medo de luz, e eu estava lembrando que por sentir falta deles fui procura-los de carro e os encontrei sendo cercados por zumbis, quase virando comida.
Acendi os faróis do carro no mais alto que podia e sai do carro para lutar com o meu primo contra os zumbis enquanto os pais dele entravam no carro e ficavam a salvo. Os zumbis deram a entender que os caçariam.

Mas tinha acontecido alguma coisa que eu não sabia, o clima estava estranho e ai eu fui percebendo pela cara enrugada do meu tio. Ele estava tendo uma crise de ciúme.
Depois de uma briga com minha tia ele subiu para o que parecia ser o terraço da casa, que estava sendo iluminado pela lua.
Eu subi, pra ir atrás dele e o convencer que minha tia amava ele, e que a crise de ciúme era desnecessária, e foi da varanda que eu vi os Zumbis do outro lado da rua, tentando andar em grupo, e gritando o tal choro da lamentação e procurando alguém pra comer.
Eu comecei a falar com meu tio pra descermos, sussurei, mas ele chorava incontrolávelmente, e começou a se balançar na cadeira em que estava, parecia ser uma cadeira de balanço.
O barulho era alto.
Ele chorava, a cadeira rangia, os Zumbis ouviram.
Meu primo e minha tia foram se esconder ao que parecia ser um porão. Os Zumbis iam chegando e era um grupo grande.
Eles começaram a rasterjar pela varanda do terraço, e dava pra sentir a casa balançar, e eu estava apavorada porque eu não podia fazer e eu não podia fazer nada.

Mas antes que alguma outra coisa acontecesse eu me obriguei a acordar, e meu pesadelo terminou assim.