segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Você é a saudade que sente do seu pai, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.
Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.
Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá.
Você é o que ninguém vê.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=19818176
segunda-feira, 15 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
ANTES DE IR TOMAR BANHO
eu preciso registrar pra eu poder acreditar [#rimafail]
EU AMO MEU PROFESSOR DE HISTÓRIA AHUSUSHAHUASUHSAHUASHUASUH
não amo
é que assim
ELE ME ENCANTOU DESDE QUE ENTROU PELA PORTA DA SALA
sabe aquela gente que exala felicidade e simpatia, inteligente, que da gosto de conversar?
ele é assim
não to apaixonada não, mas eu AMO gente assim
e ELE é assim
ele parece um grilo saltitante, mas é gente boa
Hoje eu entrei no onibus, e TINHA UM LUGAR VAGO PRA EU SENTAR [notem que está em maiúsculo, tamanha minha surpresa, porque isso é MUITO raro mesmo] ai como ele tava em pé pediu pra que eu segurasse as coisas dele, e ai a gente veio conversando e como ele é psicólogo também [E EU ADORO UM KKK] contei da minha vida pra ele e a gente ficou conversando sobre escolas particulares x publicas x estaduais *_________________________________*
até ele chegar no ponto dele e me dar tchau ):
agora só semana que vem ._.
quarta-feira, 10 de março de 2010
segunda-feira, 8 de março de 2010
domingo, 7 de março de 2010
eu - Não, não tá não o.o'
- eu vou almoçar e vou praí....até logo
- não, não vem não o.o'
- porque? que mal isso tem? tem algo a esconder?
- não, mas eu não te convidei e nem te quero aqui...então, não vem o.o'
- relaxa, nem vou demorar tanto, só vou dizer umas coisas, bom, ja to indo
- eu nem vou te atender, não perde tempo :~
- vai ti fuder, voce e seus principios, garota escrota, só queria ir te visitar, sabendo que voce ta doente, aliás, voce sempre foi doente né?
- voce quer que eu te chame pra vir na minha casa mesmo não querendo nem te ver? muito menos te querendo aqui?
- aa fica fazendo cú doce
- então faz assim, fica ai pensando isso, e toma um block
e tomou um block, e um delete de brinde
e eu que sou ignorante, uhum, Claudia
são eles que te fazem cair e te dão força pra levantar na maioria das vezes
são eles que te ensinam a se dar limites e te mostram o caminho certo se voce souber lidar com cada um
os erros que voce comete no caminho são a melhor parte do egoísmo que voce carrega
todo mundo tem orgulho
todo mundo é orgulhoso
não precisa ter vergonha de ser assim
assuma isso
encare isso
aprenda com isso
não rejeite, faz mal
não esconda, é feio
amadureça e encare que voce é orgulhoso, comete erros, mas pode aprender com isso
mas não me estressa com esse papo de bom-moço
é tediante
e eu sou orgulhosa demais pra aguentar isso
For you, I will always be waiting
And it's you I see
But you don't see me
And it's you, I hear
So loud and so clear
I sing it loud and clear
And I'll always be waiting for you
So I look in your direction
But you pay me no attention
And you know how much I need you
But you never even see me
sábado, 6 de março de 2010
sexta-feira, 5 de março de 2010
Arnaldo Jabor
Eu já fiz filmes de amor. Agora estou terminando mais um: "A Suprema Felicidade". Não é um filme sobre um caso de amor apenas, mas sobre a busca pela felicidade que passa pelo sonho do amor eterno. Como escrevo as vezes sobre amor, pessoas na rua me agarram e perguntam: "Mas....afinal, o que é o amor?" E esperam, de olho muito aberto, uma resposta "profunda". Eu penso, penso e digo: "Sei lá...."
Não sei, ninguém sabe, mas há no ar um lamento profundo pelo fim do sonho de harmonia, de happy end. Sinto dizer, mas acho que as apoteoses não existem mais nem no amor, nem na politica, em nada. Estamos no tempo das coisas que não terminam, dos problemas sem solução. O século 21 é o fim da crença na plenitude, na inteireza, seja no sexo, no amor e na politica.
(Este artigo parece uma daquelas bobagens apócrifas que postam na internet com meu nome...Surgiu agora um horroroso chamado "Amar é..." e que muitas mulheres gostam. Quando eu digo que não é meu, me olham com rancor)
Mas, vamos em frente.
Quando eu era jovem, nos anos 60/70, o amor era um desejo mais romântico. Depois, nos anos 80/90 foi virando um amor de mercado. O ritmo do tempo acelerou o amor, contabilizou o amor, matando seu mistério.
Não vemos mais amantes definhando de solidão, nem romeus nem julietas, nem pactos de morte de guaraná com formicida, nem mais o amor brilhando como uma galáxia remota.
O amor não tem onde se ancorar , não tem mais a família nuclear para se abrigar. O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. As pessoas "ficam" muito , transam mais, como quem toma um sorvete, sem o lento perder-se dentro de "olhos de ressaca".
Mas, mesmo assim, cafajestes e devassas, todos anseiam por uma paixão impossível, uma "suprema felicidade". O que chamamos de "amor" é uma fome "celular", entranhada no DNA, no fundo da matéria. É uma pulsão inevitável, uma reprodução ampliada da cópula primitiva entre o espermatozóide e o óvulo. Somos grandes células que querem se reunir, separadas pelo sexo que as dividiu. O resto é literatura.
Se bem que grandes poetas como John Donne ou João Cabral sabiam que o amor é uma demanda da terra, para atingirmos a calma felicidade dos animais.
Temos de parar de sofrer romanticamente porque o "acabou o amor" (ou mesmo o paraíso social...). O pensamento amoroso ou filosófico lamenta uma unidade perdida. Continuamos - amantes ou filósofos com a nostalgia por alguma coisa que pode voltar atras. Não volta. Nada volta atrás.
Não adianta lamentar a impossibilidade do amor. Temos de celebrar cada vez mais o parcial; só o fortuito é gozoso. Temos de parar de sofrer por uma plenitude que não chega nunca.
Aceitar a "incompletude" talvez seja a nova forma de felicidade. E achar isso bom.
Em todas as revistas, fotos, filmes, a "imagerie" do erotismo contemporâneo "esquarteja" o corpo humano. Vejam as artes gráficas, vejam as fotos de revistas de arte, onde tudo é (reparem) decepado, dividido, pés, escarpins negros, unhas pintadas, bocas vermelhas, paus, seios, corpos imitando coisas, tudo solto como num abstrato painel. Tudo evoca a impossibilidade saudosa de um "objeto total", da pessoa inteira.
Parece uma louvação da perversão, do fetichismo, do erotismo das "partes", do "amor em pedaços". No entanto, hoje creio que estamos além do fetichismo, além da perversão
Não há mais "todo"; só partes. O verdadeiro amor total fica cada vez distante como as narrativas romanescas.
O que é ser feliz? Onde está a felicidade no amor e sexo? No casamento?
No entanto, vejamos o outro lado; sem a promessa de amor eterno, tudo vira uma aventura. Em vez da felicidade, existem as fortes emoções, a deliciosa dor, as lagrimas, hotéis , motéis delirantes, perdas, retornos, desertos, luzes brilhantes ou mortiças, a chuva, o sol, o nada. Os filmes maravilhosos e românticos de Wong Kar Wai são assim: "Amor a Flor da Pele", "2046". Ele só fala da impossibilidade do amor...e nos emocionamos com o vazio...As personagens tem uma espécie de "saudade" de um amor que nunca terão. Ficam na chuva, impotentes, entre luzes de néon. A paixão fica ali, pulsando, no espaço entre eles, intransponível.
Acho que isso pode ser uma libertação. Talvez precisemos de um amor que busca atingir a "intensidade" em vez da "eternidade". Talvez seja bom o fim de um "happy end" futuro e o início do "happy" presente. Transformar a dor de viver numa forma de arte que nos faça feliz. A felicidade é uma virtude bailarina, parodiando Oswald e Nietzsche (com todo respeito). E é bom mesmo que acabe esta ilusão do idealismo romântico, para legitimar a família e a produção, pois (vamos combinar): a verdade é que tudo acaba mal na vida. Não se chega a lugar nenhum porque não há onde chegar. . Há que perder esperanças antigas e talvez celebrar um sonho mais "trágico", com a selvagem beleza do efêmero.
Se aceitarmos isso, talvez a saudade venha como excitação, a dor venha como prazer, a parte como o todo, o instante como eterno. E não se trata de pessimismo. É bom sofrer uma epopéia passional, é bom a saudade, a perda, tudo, menos a insuportável felicidade obrigatória.
Tudo bem, querermos paz e sossego, tudo bem nos contentarmos com o calmo amor, com um "agapê", uma doce amizade dolorida.
Mas, a chama emocionante só vem com a droga pesada do século 21: a paixão impossível. E isso é bom. Enquanto sonharmos com a plenitude, seremos infelizes.
A FELICIDADE NÃO É SAIR DO MUNDO, COMO PRIVILEGIADOS SERES, MAS ENTRAR EM CONTATO COM A TRÁGICA SUBSTÂNCIA DO NÃO-SENTIDO. TEMOS DE SER FELIZES SEM ESPERANÇAS. É DIFÍCIL; MAS NÃO HÁ OUTRO JEITO.